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Monday, September 26, 2005



Comunicação e Saúde,
Interação e Troca


Briana Meira

Durante o XXVII ENECOM, nos dias 5 e 6 de setembro, foram realizadas oficinas para que os participantes pudessem interagir em grupo fazendo atividades extra-curriculares. As oficinas foram divididas em grandes blocos com temas variados como circo, artesanato, artes visuais, pequenos meios, grafitagem e reciclagem da mídia
Comunicação e Saúde foi o tema de uma das oficinas realizada pelos estudantes Mariana Pires, jornalismo, e Thiago de Oliveira, Medicina, da Universidade Federal de Pernambuco, os participantes discutiram a importância do papel da comunicação para a área de saúde e como é possível essa interação.
No primeiro dia foi feito um trabalho de pesquisa, os integrantes dividiram-se em grupos e procuraram em revistas e jornais matérias que abordassem o tema saúde, depois fizeram cartazes para explicar o ponto de vista de cada grupo.
Foi discutido também que as estratégias de comunicação para a área de saúde são primárias e inexperientes, os órgãos públicos ainda não dão o devido valor ao papel da comunicação para a saúde. Com a ajuda da mídia, pode-se estreitar a relação entre pacientes, médicos e instituição.
No segundo dia houve um debate de como seria possível interagir comunicação e saúde de forma a beneficiar a população mais carente. Houve um momento de descontração, onde as pessoas fizeram uma apresentação corporal de como se comportaria um profissional de comunicação na área de saúde.
Após os debates e atividades feitas na oficina, concluiu-se que através da comunicação é possível melhorar a qualidade de vida da população. Informações sobre como tratar as doenças, onde procurar ajuda, como manter a higiene chegariam mais rápido e de fácil entendimento a sociedade através dos diversos meios de comunicação, desde boletins informativos a programas comunitários de TV e rádio.

Isabelle - 7:03 PM

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Garotos não Choram
Bruna Cynthia
Crise de identidade sexual. Esse é o tema central de Meninos não choram (Boys don't cry, EUA, 1999). O drama, estrelado por Hilary Swank, conta a história de Brandon (Teena Brandon), uma garota que vive numa pequena cidade do interior dos Estados Unidos e que descobre gostar de garotas. Brandon, então, assume uma identidade masculina, passando a se vestir e se comportar como um garoto. Em Falls City, uma pequena cidade rural de Nebraska, Brandon conhece Lana (Chlöe Sevigny), por quem se apaixona. Sem se revelar, Brandon conquista a garota e a ira de um antigo namorado dela. A partir de então, as vidas de Brandon e Lana se transformam num verdadeiro inferno, baseado em preconceito, perseguição, violência, estupro e morte.
O que marca na história é o preconceito que a personagem principal sofre durante toda a trama. De todos os lados há pressão para que Brandon se assuma como garota. Mesmo seus amigos consideram sua opção como distúrbio, problema e não concordam que ela assuma sua homossexualidade. Isso causaria menos transtorno a todos. Principalmente a ela mesma, já que todo o seu sofrimento físico e psicológico é causado por sua opção. Hilary está brilhante e impressiona como Brandon. Sua atuação no filme recebeu várias crítcas positivas.
Meninos não choram é o primeiro filme da diretora Kimberly Peirce. Recebeu indicações para o Oscar e Globo de Ouro. Hilary Swank ganhou o Oscar de melhor atriz e o Globo de Ouro como melhor atriz em drama. Ficha técnica:Meninos não choramBoys don't cry, EUA, 1999Gênero: DramaDuração: 114'Direção: Kimberly PeirceProdução: Killer FilmsDistribuição: Fox Searchlight Pictures

Isabelle - 6:41 PM

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Meu Primeiro Enecom

Por Briana Meira


Quando se é estudante de comunicação, o Enecom é como uma obrigação, parece impossível fazer comunicação sem participar, nem que seja uma vez na vida, desse encontro de estudantes. Para muitos isso não seria possível, falta tempo ou grana. No meu caso era a segunda opção. Todos que participavam, comentavam como era maravilhoso, e ficava tentando imaginar...
Eu tinha em mente um evento grandioso, onde o estudo seria o principal objetivo de todos, viriam palestrantes bem conceituados do Brasil inteiro na área da comunicação, a didática acadêmica seria revista e discutida. Tudo aconteceria como uma grande aula, onde aprenderíamos como tornar-se um verdadeiro comunicador.
Haveria também momentos de descontração, leríamos bons livros, assistiríamos filmes interessantes, ouviríamos músicas inspiradoras e teríamos conversas sobre a forma atual de fazer comunicação. Tudo incidiria de forma organizada e pontual.
O patrocínio concedido pelas grandes empresas de comunicação e do governo, ajudaria a construir este evento, pois se eles querem bons profissionais então teriam como obrigação investir na formação dos mesmos.
Para a minha sorte e felicidade não precisaria mais imaginar, pois o Enecom 2005 relizar-se-ia em Maceió, agora poderia tirar minhas próprias conclusões. Estava ansiosa para que o grande dia chegasse, mas ainda faltavam duas semanas. Decidi investigar como estavam os preparativos, essa foi meu primeiro pesar.
A equipe organizadora se matava para conseguir realizar o evento há um ano e as coisas ficavam cada vez mais difíceis. Nesta hora não há patrocínio, os que deveriam ser os principais interessados, viram as costas. Tudo recai nos ombros dos estudantes. Mesmo com o mundo nas costas eles conseguem atingir o objetivo.
Chega então o grande dia, caravanas apontam de todo o Brasil, nunca vi tanta gente junta. Pessoas que pareciam nem fazer parte do mesmo planeta, foi uma profusão de cores e jeitos que pareciam não caber na UFAL. A alegria desses povos se espalhava por toda a parte. Aquela cidade universitária pacata, acostumada com a rotina diária, passou a ser um caldeirão de raças e costumes que contagiavam a todos.
Foi em meio a essa abundância de etnias que me vi perdida dentro do meu mundo, que agora não era só meu, pessoas do Brasil inteiro faziam parte dele. Tivemos de tudo um pouco, palestras - sobre política, cultura popular, opressões, comunicação alternativa - grupos de discussão, oficinas, mini cursos, grupos de trabalho, núcleos de vivência e muita festa.
Os sete dias do meu primeiro ENECOM foram os mais intensos e surpreendentes da minha vida acadêmica, pois pude aprender que quando estudantes de comunicação se unem em torno de um mesmo objetivo, ainda que pareça impossível alcançar, eles acabam por conseguir.

Isabelle - 6:04 PM

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Sunday, September 25, 2005



Encontro Nacional -
Por uma Universidade a Beira Mar


Isabelle Carvalho

Mesmo com receio de um texto um tanto estereotipado, percebo que não há como fugir, principalmente se o assunto é o Encontro Nacional de Estudantes de Comunicação, na verdade não precisa exatamente ser comunicação, mas no geral são milhares de jovens de sotaques os mais diversos em busca de turismo barato.
Na primeira tarde do encontro, ao entrar na Ufal, deparo-me com ineditismos, ao menos para mim. Em plena Universidade, cangas, biquínis, sungas, bonés, sandálias, tudo, tudo, até os vendedores de bijouterias artesanais. Nunca havia imaginado aquela cena, mesmo porque estávamos no extremo oposto da orla, enfim.
Fui descobrindo que a cidade inteira sabia que estudantes de comunicação se instalariam por lá, não só pelos vendedores e pelo figurino tropical, mas também pelo anúncio dos kombistas – Praia do Francês, Praia do Francês, quem vai? Praia do Francês!
Muitas barracas, muita gente, muita merchandise e poucos nos grupos de discussões. Uma massa significante levantando a bandeira dos bom vivants sem ideologia. Certo que o encontro contribui bastante para o turismo, mas poderia ter contribuído muito mais para a sociedade, pela troca de experiências, informações, ideologias etc.
Não que eu seja contra o Carpe Diem, mas que há maneiras mais conscientes de viver, isso há. E observar aquela dispersão de possíveis agentes modificadores foi demasiado frustrante. Diluiu toda esperança de um movimento estudantil atuante no país. A imagem da faixa “Por uma Universidade pública, laica e de qualidade” era nanica perante a da grande maioria “Por uma Universidade a Beira Mar”. Nem sabem eles que anunciavam a conclusão da maioria dos GD`s políticos; Então, estamos cada vez mais próximos da Barbarie.

Isabelle - 8:53 PM

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Tudo Por Um Sorriso de Criança

Briana Meira

Na quinta feira, dia 5 de setembro, o ENECOM – Encontro dos Estudantes de Comunicação Social - realizou os Grupos de Vivência, que são espaços onde estudantes podem interagir com os movimentos sociais atuantes em Alagoas. O grupo Sorriso de Plantão apresentou-se as pessoas do encontro, mostrando a importância de seu trabalho para a sociedade.
Se você tenta fazer alguém feliz, essa felicidade retornará em dobro. É isso que acontece com os “palhaços doutores” do Sorriso de Plantão, eles têm a tarefa mais importante que existe, e que todos deveriam ter como obrigação: fazer uma criança sorrir.
Este grupo teve início há 4 anos a partir de um projeto de extensão inspirado na ONG Doutores da Alegria, criado por Wellington Nogueira, o Dr. Zinho, em 1991. O trabalho do Dr. Zinho deu origem ao livro “Soluções de palhaços – transformações da realidade hospitalar” da psicóloga Morgana Masetti.
Os participantes do grupo alagoano têm características próprias, eles usam um jaleco, pintam o rosto e têm um codinome bem animado, acreditam que essa é uma forma divertir e chamar a atenção das crianças.
Os 22 “palhaços doutores” têm como proposta uma abordagem lúdica da criança hospitalizada, levando aos pacientes, familiares, médicos e enfermeiras uma visão diferente do ambiente hospitalar, através da leitura de histórias infantis, uso de fantoches e brinquedos.
“Levar sorrisos e gargalhadas aos pacientes é a essência do projeto, pois sorrir é a nossa resposta humana ao mundo quando ele parece não valer a pena”, é o que afirmar o monitor Lucas Novas, ou Dr. Bolinha.
O trabalho desse grupo é realizado na pediatria do Hospital Universitário, eles visitam as crianças quinzenalmente, levando alegria, bom humor e passam todo o tempo tentando inspirar um olhar, uma distração, um desabafo. Tentam, na verdade, torná-los crianças novamente, nem que seja por um instante apenas. E pode acreditar, vale a pena cada minuto gasto nessa tarefa tão sublime.

Isabelle - 4:01 PM

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Meios de comunicação e pluralidade de informação

Bruna Cynthia

Um simples encontro de jovens de várias regiões do País deixa clara uma idéia que assusta: eles não se reconhecem como habitantes de um mesmo Brasil. E o pior, não sabem nada do outro além do que os meios de comunicação permitem.
Dada a proporção continental do País, é um tanto compreensível que nem toda a cultura do outro seja conhecida pelos demais. Mas, vivemos numa época em que os meios de comunicação têm o papel fundamental na vida da população. Eles estão presentes em todos os lugares. Porém, na maioria das vezes, atuam como agentes massificadores, condensado e uniformizando uma população enorme, como a brasileira.
Durante o Enecom (Encontro Nacional dos Estudantes de Comunicação) vivi algo que me assustou. Num grupo de discussão (GD) que tratava de concentração dos meios do comunicação e pluralidade da programação, cerca de 14 estudantes de jornalismo e publicidade, com quase a mesma idade e interesse, discutiam a democratização da comunicação, construída com base em meios e ações alternativas.
Numa discussão sobre porque os meios locais não abrem espaço e incentivam a produção de programas alternativos (como debates, reportagens culturais, turísticas, políticas, etc), chegamos a conclusão de que eles apenas reproduzem o que as grandes emissoras fazem. Não possuem diferencial. Não têm identidade local ou reginal. Estão descaracterizados, massificados, amorfos.
Estavam, ali, jovens do Pará, Brasília, Alagoas, São Paulo e Rio de Janeiro. Uma diversidade enorme de culturas. O que conhecíamos uns dos outros? Nada além do que a grande mídia oferece diariamente e que se resume no eixo-violência Rio-São Paulo. Não conhecíamos o outro enquanto ser histórico, social, cultural, brasileiro.
É triste, mas é verdade. A mídia está mais interessada em unificar que em caracterizar e diferenciar os diversos brasis contidos no País.

Isabelle - 8:04 AM

Autoras:


Briana Meira


Bruna Cynthia


Isabelle Carvalho

Estudantes da
Universidade Federal de Alagoas
Curso: Jornalismo
Cidade: Maceió

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Isabelle Carvalho

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